quarta-feira, 29 de julho de 2015

Lava Jato pode adiar novamente início de operações de Angra 3


Já sofrendo efeitos da Operação Lava Jato desde o ano passado, a conclusão das obras da usina nuclear de Angra 3 pode ser adiada novamente. A Folha apurou que a Eletronuclear não está satisfeita com o ritmo das obras, o que pode levar a uma nova revisão do cronograma.
As obras civis da terceira planta nuclear brasileira foram iniciadas em 1984 e ficaram paradas por 25 anos. Reiniciada em 2009 com previsão de R$ 7 bilhões de gastos, a usina só deverá entrar em operação em 2018, com três anos de atraso em relação ao cronograma inicial, e deve custar R$ 15 bilhões. Com os novos desdobramentos da Lava Jato, há perspectiva de o atraso para a conclusão das obras ser ainda maior.
Nesta terça, o presidente licenciado da Eletronuclear, o almirante reformado Othon Luiz Pinheiro da Silva, foi preso, acusado de receber R$ 4,5 milhões em propina ligada à construção da usina. A estatal não quis se pronunciar sobre potenciais efeitos da investigação na empresa.
Os alvos da operação
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção Civil de Angra dos Reis e Paraty, há cerca de 2,3 mil pessoas nas obras civis da usina. "A previsão é que fossem quase cinco mil", diz Carlos Silva, vice-presidente do sindicato. "Trabalhei por 32 anos na central nuclear e não acredito que essa obra fique pronta em 2018."
PARALISIA
Hoje, sete das 10 maiores obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) passaram a ser alvo de investigações da Lava Jato.
Além de Angra 3, a construção da usina de Belo Monte, no Pará, também é objeto de um inquérito. As demais são: Comperj (Complexo Petroquímico do Rio), as refinarias Abreu e Lima (PE), Getúlio Vargas (PR) e Premium 1 (MA) e contratos para fornecimentos de navios-sondas para o pré-sal.
Em ritmo lento

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